Se
levarmos em conta que não se encontra Tim Duncan por aí, que LeBron James não dá
em árvore e que Kobe Bryant é espécie em extinção e que, não por acaso, esses 3
caras ganharam 12 dos últimos 16 títulos da NBA, fica uma continha fácil de
fazer: A chance que a maioria das 30 franquias fiquem chupando o dedo é enorme.
Será que vale a pena então, apostar tanto no draft para mudar a fortuna das equipes?
Essa
não é uma pergunta fácil de ser respondida e não sou eu quem vou saber essa
resposta né? O fato é que muitas franquias continuam optando por essa rota e a
cada draft surgem supostos salvadores da pátria, supostamente capazes de
conduzir essas combalidas franquias a um mês de Junho de basquete, ao invés de
um mês de Junho de pescaria e televisão.
Seria
de se esperar então, que os fãs não aguentassem mais tantas derrotas e
sofrimento. Que os fãs dessas equipes exigissem que suas diretorias optassem
por outros caminhos, métodos mais agressivos que conduzissem a vitórias num
futuro próximo. Não é assim que funciona, ainda bem. A NBA consegue ser
lucrativa pra todos (mesmo que neguem). As equipes sempre estão “brigando” por
algo ou “desenvolvendo um plano”. Mesmo as mal administradas estão apenas a “uma
troca certeira” da relevância.
Assim,
muitas equipes hoje, depositam a esperança e transformam garotos na “face” da
franquia. E apesar de parecer mal humorado, a ideia deste post é justamente o
contrário. Existe sim beleza no desenvolvimento dessas franquias “pebas”. Por
mais difícil que seja acompanhar um time perdendo a maioria dos jogos por mais
de 10 pontos, apaixonados encontram prazer em acompanhar a evolução de jovens
imberbes, tentando carregar times abaixo da média a improváveis vitórias.
Se
você tem estômago forte para o basquete e é capaz de aguentar grandes doses de
espancamento e turnovers inesperadas, continue lendo, pois passarei nesse e nos
próximos posts umas dicas de alguns jogadores interessantes em times ruins para
você acompanhar na próxima temporada.
Tenha
em mente que um dia Kevin Durant participou de uma campanha de apenas 20
vitórias e 62 derrotas pelo Seattle SuperSonics. Foque nos pontos positivos e quem
sabe você será capaz de “descobrir” um superstar ainda no começo de sua
carreira.
Milwaukee Bucks
A
equipe de Wisconsin é uma das piores da NBA. A franquia não anda bem das pernas
há muito tempo e não vence uma série de playoffs desde 2001. A equipe tem
muitos defeitos, mas tem uma turminha jovem capaz de dar uma animada no astral
da galera.
Claro
que o primeiro jogador citado aqui, teria que ser um dos meus jogadores preferidos
e um dos mais carismáticos da história da liga: o grego Giannis Atentokounmpo.
Basta você assistir a umas duas partidas desse rapaz para ser seduzido e
rapidamente aprender a digitar o seu sobrenome sem errar. Ele não tem um
arremesso lá muito certeiro, mas tem uma improvável combinação de tamanho,
velocidade, habilidade e visão de quadra que deixa todo mundo extasiado. Com
apenas 19 anos de idade, o the greek
freak tem ainda muito caminho pela frente para se tornar de elite, mas ele
já é um dos melhores defensores do time (não dá pra se gabar tanto nesse
aspecto), tem capacidade atlética muito acima da média e mesmo com 2 metros e
10 centímetros, dizem que ainda está crescendo!!
O
que ele vai se tornar no futuro não é fácil de projetar por tantas categorias
únicas que ele possui, mas o potencial é praticamente ilimitado. É bizarro
pensar que a pouco mais de um ano e meio ele jogava na segunda divisão do
campeonato grego.
Mas
o Bucks não é só o Gregão. O time de Milwaukee tem ainda um grande candidato a
calouro do ano, segunda escolha do último draft e destaque do basquete
universitário de 2013/14: Jabari Parker.
Jabari
tem tudo pra se tornar um excelente pontuador na NBA, apesar de sua verdadeira
posição na liga ainda não ser bem definida. É definitivamente a dupla de jogadores
mais empolgante que a franquia já viu neste século.
O
time ainda conta com alguns outros jovens valores menos badalados como o pivô
John Henson e o armador Brandon Knight. O técnico da equipe mudou. É agora o
lendário Jason Kidd que em 2013 ainda jogava na NBA e agora entra na sua
segunda temporada como técnico, depois de uma saída polêmica da equipe dos
Nets.
Sei
que pode ser um pouco “deprê” acompanhar os jogos do Bucks, mas tenho certeza
que pelo menos uma vez por partida você pensará: Wow, esse time pode se tornar perigoso.
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